quinta-feira, 10 de junho de 2010

Lu Fernandes - Comunicação e Imprensa comenta o livro sobre o filme


       Novo livro da Coleção Aplauso traz duas versões do roteiro – uma de 1999 e outra de 2007 –do filme recém-lançado por José Joffily. A história acompanha Marshall, responsável por “escolher” os estrangeiros autorizados ou não a entrar no país, em dois momentos: seu último dia como chefe de imigração de um aeroporto nos Estados Unidos e sua busca em Pernambuco pela filha de Nonato, brasileiro que estava na fila da imigração no derradeiro dia de trabalho do norte-americano. Lançamento acontece na próxima quarta-feira, 9 de junho, na Livraria do Espaço Unibanco do Rio de Janeiro.



Olhos azuis
Roteiro de Melanie Dimantas e Paulo Halm
Coleção Aplauso / Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
432 páginas
R$ 15,00


     




       O tratamento dispensado aos estrangeiros pelos funcionários de imigração dos países do chamado primeiro mundo é tema cada vez mais recorrente e polêmico em todo o mundo. Preconceito, humilhação, abuso, constrangimento ou alívio estão entre as palavras mais comuns utilizadas por quem vive a experiência do interrogatório nos aeroportos e que aparecem pelo menos uma vez no roteiro de “Olhos azuis”, filme recém-lançado nos cinemas e que agora é publicado pela Coleção Aplauso, Série Cinema Brasil, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Com direção de José Joffily, argumento dele e de Jorge Duran e roteiro de Melanie Dimantas e Paulo Halm, o filme ganhou seis prêmios no II Festival Paulínia de Cinema, incluindo o de melhor filme. O livro será lançado nesta quarta-feira (9 de junho), a partir das 19 horas, na livraria do Espaço Unibanco do Rio de Janeiro – Rua Voluntários da Pátria, 35, Botafogo.

       “Olhos azuis” acompanha Marshall, ex-chefe de departamento de imigração de um aeroporto americano, na procura de uma menina em Pernambuco, e entremeia cenas de seu último dia de trabalho antes da aposentadoria. Passam pelo seu interrogatório cínico e racista diversos visitantes latinos, entre eles hondurenhos, argentinos, chilenos, bolivianos, cubanos e o brasileiro Nonato, pai da menina por quem Marshall procura no Brasil alguns anos depois, na tentativa de se reconciliar com sua culpa motivada pelo trágico fim de sua carreira.

       Durante os interrogatórios, carregados de preconceito e ironias por parte de Marshall e seus colegas – uma mulher negra e um homem descendente de mexicanos –, percebe-se a carga psicológica a que são submetidos os visitantes e sua dúvida entre enfrentar os interrogadores ou calar-se diante dos insultos na tentativa de conquistar compaixão e a tão sonhada permissão para ingressar no país. Nessas horas, nem mesmo o visto obtido legalmente ajuda a furar o bloqueio.

       Convidado por Joffily para escrever um argumento, Jorge Durán se baseou no documentário “Olhos Azuis”, no qual a pedagoga americana Jane Elliot organizava uma oficina que dava aos norte-americanos a possibilidade de experimentar o que sentiam os estrangeiros: os “olhos azuis” sentavam-se no chão, tendo em sua volta um semi-círculo formado por representantes de minorias, chamados de “olhos negros”. A pedagoga estimulava o confronto, no qual os “olhos negros” duvidavam das respostas dos “olhos azuis” e continuavam o duro interrogatório. Em pouco tempo surgiu a primeira versão do roteiro, publicada no livro, mas que não saiu do papel. Oito anos depois Joffily releu o roteiro e percebeu que o tempo havia interferido na história. Pediu a Paulo Halm algumas sugestões, que culminaram com a divisão da história em duas vertentes: uma, no aeroporto de Miami, e a outra com o protagonista cruzando o estado de Pernambuco. Essa versão também está publicada na obra.

       Joffily explica que a ideia do filme nasceu a partir do convívio com um amigo – identificado pelo diretor como Raimundo Nonato – que havia sido deportado quando já estava no terminal do aeroporto JFK nos EUA. A partir daí Nonato viveria a inusitada situação de não poder entrar em sua própria casa, localizada no país de onde fora mandado embora – morava nos Estados Unidos havia cinco anos. Durante um período, o amigo ficou na casa do diretor, no Brasil, e foi contando os detalhes do episódio, somados a depoimentos de outros colegas que tinham vivido a mesma situação. Após mais uma tentativa de entrar nos Estados Unidos, Nonato telefonou, avisando que tinha conseguido.

       Mais informações para a imprensa com Fabio Bahr e Ivani Cardoso (Lu Fernandes Comunicação e Imprensa) pelo Telefone: (11) 3814.4600.

Um comentário:

  1. Olá.. estive no lançamento do Livro... adoreiii....
    Estão de parabéns...

    Beijos...

    www.cinideia.blogspot.com

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